Vinicius Augusto Toscano de Moura
“Alien:
Romulus”, de Fede Álvarez, é mais um
novo projeto da nova franquia Alien que tenta trazer os clímax de medos de uma
das criaturas mais famosas do cinema, o filme se passa entre “Alien” (1979) e
entre “Aliens: O Resgate” (1986) . O filme segue Rain Carradine (Cailee Spaeny)
e um grupo de jovens que invadem uma estação espacial abandonada na busca de
recursos para poderem fazer uma longa viagem pelo cosmos, porém ao entrarem na
nave, a aventura se revela cheia de horrores não esperados.
Com
passagens do Diretor em filmes como “A Morte do Demônio” (2013) e “O Homem nas
Trevas” (2016) em mente, o diretor imprime sua assinatura com terror
angustiante e ação memorável. Minuciosamente se notam aos efeitos práticos e
atuais que criam criaturas e cenas na atmosfera dos primeiros “Alien”.
As
atuações são exemplares, com Spaeny representando em sua heroína indecisa e
Jonsson como o androide Andy. A relação entre Rain e Andy aproximam ao ponto
dramático de emoção ao ceder temas de humanidade e tecnologia entre os
personagens.
No
geral, o filme em sua essência corre o risco de homenagear demais e trazendo
apenas mais do mesmo. “Alien: Romulus” segue só rebuscando fórmula, sem estrear
a mitologia de sua franquia com uma originalidade alguma. Talvez a única coisa
original no filme seja a cena final que trás uma criatura completamente nova e
desfigurada. No entanto, o produto ainda consegue tornar a expectativa de medos
e adrenalina em um público que se ansiosamente procura nostalgia.
Existe
também outro erro perceptível no filme para quem conhece a obra de filmes
anteriores, tanto a nave principal onde se passa o filme como também o androide
Ash haviam sido destruídos no primeiro filme da franquia, mas o roteiro do
filme simplesmente decidiu que isso não aconteceu, um erro de continuidade bem
nítido para os fãs da obra.
No
geral, "Alien: Romulus" oferece uma experiência cinematográfica
envolvente, com atmosfera densa e sequências bem conduzidas de terror e ação.
Contudo, o erro de continuidade e a falta de inovação podem impedir que alcance
o status dos filmes mais icônicos da franquia. Para os fãs em busca de
nostalgia e adrenalina, ainda é uma jornada interessante, mas para os que
esperavam um salto criativo, pode ser um tanto decepcionante.