sexta-feira, 22 de junho de 2018

copa e twitter


Em tweets, confira o quanto o mundo mudou (ou não) entre as Copas de 2014 e 2018

Políticos se manifestam ativamente na rede social, mesmo quando o Mundial não pauta suas publicações

Por Adriano Soares, Gisla Brito, José Lucas Lopes, João Victor Dantas, Juliana Almeida e Lucas Félix.

1.433 dias separam a final da Copa do Mundo no Maracanã da abertura da edição seguinte em Moscou. No futebol, nem tanta coisa mudou nesse intervalo. A Alemanha, então campeã, segue favorita. O Brasil, humilhado na semifinal, também. No meio do caminho, o encontro entre as seleções no mesmo estádio carioca durante a final olímpica trouxe o único título que faltava para os brasileiros.

Em todo o resto, as diferenças são bem mais significativas. Cidades se viram marcadas para sempre por tragédias. Mariana, Paris, Janaúba, Chapecó... E no mesmo Maracanã em que Neymar converteu o derradeiro pênalti em 2016, Michel Temer foi vaiado ainda como presidente interino durante a abertura dos Jogos. E não foi só o Brasil que mudou de presidente. Os Estados Unidos, aí pelo voto, abriram as portas da Casa Branca para Donald Trump.

O novo comandante da maior potência do planeta tem uma plataforma preferida para se manifestar: o Twitter. Por lá, é possível acompanhar a evolução não apenas de seu discurso, como também de diversas outras figuras importantes para o Brasil e o mundo. O que mudou entre o que falavam na semana de abertura do Mundial de 2014 para o período inicial da Copa da Rússia? Além de Trump, analisaremos também os tweets de Michel Temer, Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e Marina Silva.

A terceira colocada nas duas últimas eleições presidenciais celebrava o começo do torneio, mas já previa a tensão antes mesmo do jogo contra a Croácia. Ela também aproveitou o momento de grande presença de turistas para fazer um alerta sobre a exploração sexual de menores.


Dessa vez ela postou uma foto com uma camisa personalizada da Seleção no dia da estreia contra a Suíça.


Já o candidato líder do primeiro turno nos cenários mais prováveis das eleições deste ano não mostrou muita empolgação com a Copa em solo brasileiro. Na época, preferiu constar a satisfação com a nova candidatura ao cargo de deputado federal, em que viria a disputar seu sétimo mandato.



O período passado não despertou maior empolgação futebolística nele, que se resume a postar conteúdo de pré-campanha, com um emoji de positivo destoando de produções mais elaboradas que possivelmente são realizadas por sua assessoria.


Por sua vez, a ex-presidente Dilma Rousseff se mostrava ativa em 2014, relatando passos da rotina presidencial, como o telefonema ao técnico Felipão no dia do jogo inicial da Copa. Dias depois, destacou ainda a celebração que tomava conta do país.




Mas o 7 a 1 foi suficiente para desiludir a petista, que agora foca em revelar sua nova agenda afastada do poder.



Já seu então vice em 2014 cravava uma previsão tão equivocada quanto a de recuperação dos empregos durante o seu mandato, prevendo a conquista do hexacampeonato. Ele ainda revelou ao governador paulista Geraldo Alckmin que é são-paulino. O tucano é santista.


Agora presidente efetivo, Temer mantém a confiança inabalável “rumo ao hexa”, já que considera o Brasil “sempre favorito”.


Enquanto o mundo ainda não dava muita bola para ideia, Donald Trump aproveitava aquele junho de 2014 para republicar imagens apoiando a então distante ideia de ser presidente dos Estados Unidos, inclusive com previsões da disputa que realmente aconteceria com Hillary Clinton.


Nada sobre o Mundial, enquanto em 2018 houve espaço para a menção da escolha dos Estados Unidos, ao lado de México e Canadá, como sede do torneio em 2026.


Como visto, muita coisa pode mudar até a Copa do Catar, que terá o mais longo intervalo entre duas edições do torneio em tempos de paz. Até a edição da América do Norte então… A única certeza é que Trump, mesmo se reeleito, não estará mais no exercício nem de um segundo mandato. É bem possível que aproveite o tempo livre para postar mais ainda no Twitter… Já os brasileiros, será que estarão torcendo ainda pelo hexa ou já pelo octa? Cenas dos próximos capítulos. Ou melhor: dos próximos jogos.

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