quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Mulan (1998)

 

Ellen Luiza Tinôco Nunes


“Um grão de arroz pode virar a balança, um homem pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.” essa é a frase ao qual o imperador da China utiliza ao decretar que cada família ceda um homem para o exército imperial chinês para lutar contra os invasores, os mongóis. Nesse cenário de guerra iminente, Mulan, para poupar a vida de seu pai, se disfarça de homem e se apresenta no alistamento em nome de sua família.

Com o pano de fundo sendo caos e destruição de conflitos entre países, a história principal de Mulan é sobre outro tipo de caos, o caos que você vê no reflexo do espelho, o questionamento diário de auto reflexão: Sabemos o nosso valor? Sabemos quem nós somos? Sabemos o que é honra? Muitas perguntas complexas, mas Mulan sabe as respostas simples.

A magia da animação de 1998 não é Mushu ou o grilo, é representar de maneira universal o medo de não se sentir pertencido a um lugar. O que faz Mulan ser diferente de outras animações não é apenas o subentendido empoderamento femino ou uma representação cultural versão Disney, é o fato dela ter dúvidas sobre si mesma tão genuinamente humanas. Você, telespectador, tem o prazer de assistir Mulan ser a última e a mais bela flor a desabrochar no jardim da família enquanto vira a balança do império chinês, vira o herói épico da história e mais importante, vira Mulan.


Nenhum comentário:

Postar um comentário