Diversidade social, racial e cultural
conduzem as escolas de samba do RJ
Leandro Lima Ribeiro
Com o enredo História para Ninar Gente Grande e homenagem à Marielle, Mangueira foi a grande campeã do carnaval 2019 e pretende recorrer à crítica para conquistar seu vigésimo primeiro título.
Os 90 dias que antecedem o carnaval 2020 são marcados
pela movimentação e euforia nas quadras e barracões das 13 escolas de samba do
Grupo Especial do Rio de Janeiro. Em uma edição marcada novamente pela crise
econômica, as agremiações prometem provocar questionamentos sobre questões
sociais, religiosas e políticas e homenagens a mulheres e homens que fizeram de
sua vida uma luta política em nome da liberdade e da igualdade.
Elza Soares, as Ganhadeiras de Itapuã, Jesus Cristo, São
Sebastião, Joãozinho da Gomeia, Benjamim de Oliveira são algumas personalidades
que conduzirão o canto de comunidades da zona norte, oeste, leste e sul do Rio
de Janeiro e adjacências. Confira os enredos das escolas que adentrarão ao
Sambódromo Marquês de Sapucaí, Passarela Professor Darcy Ribeiro, entre os dias
26 e 27 de fevereiro de 2020.
Estácio de Sá
Campeã do Grupo A em 2019, a Estácio
de Sá volta à elite do carnaval carioca com “Pedra”, da professora Rosa
Magalhães. O enredo é uma miscelânea de contos, poemas e histórias cujas
temáticas são conduzidas pela base do planeta Terra: a pedra.
A professora Rosa pretende deixar
“uma pedra no meio do caminho” e agitar o público presente ao som da “medalha
de ouro” do Estácio, centro do Rio de Janeiro. Para isso, conta com uma
comunidade apaixonada que comemora o sonho de estar de volta ao Grupo Especial,
após três anos no Grupo A.
Considerado o berço do samba, a
Estácio é uma das maiores escolas de samba do Rio de Janeiro, possuindo um
título (1992) em seu currículo, fruto da homenagem aos 70 anos da Semana de
Arte Moderna.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) atribui o título de primeira escola de samba do Brasil à agremiação
vermelha e branca por ser a herdeira da Deixa Falar, organização que contribuiu
com a estruturação daquilo que conhecemos atualmente como Grêmios Recreativos
Escolas de Sambas em todo Brasil.
Unidos do Viradouro
Atual
vice-campeã do Grupo Especial, a vermelha e branco de Niterói, foi à Salvador, Bahia, para compor
seu enredo que pretende “ensaboar” a Sapucaí, no primeiro dia da festa. A
Furacão Vermelho e Branco, bateria da Viradouro, é comanda pelo experiente
Mestre Ciça.
Segunda escola a entrar na passarela
do samba, a Viradouro prestará uma homenagem às Ganhadeiras de Itapuã, mulheres
que, do lucro garantido por meio das lavagens de roupa durante a escravidão no
Brasil e vendas de iguarias nos incipientes centros urbanos, conquistavam a
alforria de suas mães, irmãs, amigas e outras companheiras.
O canto, nesse sentido, era o
subterfúgio para que sua missão chamasse a atenção de clientes, que apreciavam
os quitudes vendidos nos centros de cidades, como Salvador e Rio de Janeiro. Na
Lagoa do Abaeté, essas mulheres negras tiraram dos movimentos de seus braços a
garantia da liberdade e da igualdade de outras mulheres negras.
Essas canções, em 2004, foram
copiladas em um disco que fundou as Ganhedeiras de Itapuã. O grupo musical foi
reconhecido com o Prêmio Culturas Populares – Mestre Duda 100 anos de Frevo, do
Ministério da Cultura, e nas categorias Melhor Grupo e Melhor Álbum Regional na
26ª edição do Prêmio da Música Popular Brasileira.
As Ganhadeiras de Itapuã são
reconhecidas, por muitos antropólogos e historiadores, como o primeiro
movimento femininista negro do Brasil. A luta e a história dessas mulheres
prometem emocionar os presentes nas arquibancadas da Sapucaí. A Viradouro é a
segunda escola da primeira noite, dia 26 de fevereiro. O desfile é orquestrado
pela dupla de carnavalescos Tarcizo Zanon e Marcus Ferreira.
Estação
Primeira de Mangueira
“Se Deus voltasse a Terra, voltaria
preto, pobre e favelado”. Essa é a principal tese defendida pela atual campeã
do carnaval carioca em busca do seu bicampeonaneto. Assinado pelo jovem Leandro
Vieira, a comunidade do Morro da Mangueira pretende ousar com suas fantasias
que, por hora, já agitam os bastidores do carnaval e as camadas mais
conservadoras da sociedade.
A verde
e rosa recorreu, portanto, a sua pegada crítica para questionar os dogmas e o
fundamentalismo religioso. A mangueira promete que “A verdade vos fará livre”.
Nossa Senhora que acompanhe os novos tempos, pois ela será representada nas
cores do arco-íris em uma crítica à inteferência dos discursos religiosos na
diversidade sexual, especialmente no tocante à homossexualidade.
Paraíso
do Tuiuti
O
Paraíso do Tuiuti pisa forte na Passarela do Samba com o enredo “O Santo e o
Rei: Encantarias de Sebastião”, de João Vitor Araújo. A escola, que amargou um
8° lugar após o emblemático desfile de 2018, pretende recuperar as primeiras
colocações por meio da história do padroeiro do Rio de Janeiro, São Sebastião.
A
agremiação amarela e azul, a exemplo do que vem apresentando desde 2018, buscou
uma pegada crítica para refletir a atual situação do país. A Tuiuti é a quarta
escola e conta com um samba cadenciado e uma comunidade que, acima de tudo,
acredita no seu pavilhão.
Acadêmicos
do Grande Rio
Joãozinho da Golmeia, o rei do Candomblé.
Se o Cristianismo é o fio condutor da Mangueira, o
Candomblé pretende agitar seus tambores no desfile da Acadêmicos do Grande Rio.
É só pedir licença a Oxalá, Ogum e Iemanjá que a festa vai começar. Trata-se de
um enredo importante e necessário diante do crescente número de terreiros
invadidos devido à intolerância religiosa no Rio de Janeiro e na Bahia.
A comunidade de
Caxias clamará por paz e respeito às religiões de matriz africana. O intuito da
tricolor é prestar uma bela homenagem a Joãozinho da Gomeia, um dos maiores
expoentes do candomblé na Baixada Fluminense e no Brasil.
Consagrado como um dos babalorixá
mais famoso, Joãzinho iniciou sua carreira religiosa em Salvador, mas só veio
ganhar notoriedade em Duque de Caxias. Polêmico, era declaradamente homossexual
e fundou, ainda na capital baiana, uma das mais importantes casas do candomblé,
conhecida por misturar danças da Angola, Ketu e dos Candomblés de Caboclo.
Jorge Amado, assíduo apreciador da cultura africana e dos terreiros da Bahia,
descreveu um pouco da casa de Joãzinho, como nos apresenta a seguir:
Outros candomblés podem ser mais puros nos seus ritos, o
do Engenho Velho certamente o será. Também o Axé Opô Afonjá, o grande templo da
mãe de santo Aninha, uma das mais formosas, nobres e dignas mulheres que
conheci. (…) Porém nenhuma macumba tão espetacular como essa da roça da Gomeia,
ora nagô, ora angola, candomblé de caboclo quando das festas de Pedra Preta, um
dos patronos da casa.
Ao ser perseguido pelo povo de santo, mudou-se para o Rio
de Janeiro, onde ficou conhecido como o Caboclo da Pedra Preta. Seu carisma
atraiu a atenção de brancos, negros, ricos, pobres e até de figuras importantes
no mundo da política, como Getúlio Vagas e Juscelino Kubitschek.
O desfile da Grande Rio conta com os estreantes Gabriel
Haddad e Leonardo Bora como carnavalescos. A escola é a quinta do primeiro dia
do desfile das escolas do Grupo Especial do Rio de Janeiro.
União da Ilha do Governador
A Ilha, em 2020, acredita em um reforço
mais do que especial. Trata-se de um dos maiores dirigentes e diretores de
carnaval do mundo do samba: Laíla. Antes na Beija-Flor e na Unidos da Tijuca,
Laíla e sua equipe prometem promover mudanças na escola da Ilha da Baía da
Guanabara que vem amargando as últimas colocações nos últimos anos.
Consequentemente, reforçou seu time
com a experiência de Fran Sérgio e Cahê Rodrigues que, juntos, assinam o enredo
“Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada:
Salve-se quem puder!”.
Na verdade, o enredo aborda a
história de ruas, becos e vielas enquanto ferramentas de transformação pessoal.
A equipe, nesse sentido, não apresentou sinopse, que é um texto que auxilia no
entendimento do enredo contado na avenida, uma vez que os desfiles de escola de
samba são narrativas apresentadas para o público.
Portela
A Majestade do Samba, como é
conhecida no mundo do carnaval, contratou o casal Lages (Renato e Márcia) para
alcançar o sonho de ver a 23° estrela em seu pavilhão. A Portela não é só a
maior campeã do carnaval carioca, como também é reverenciada pelas coirmãs.
Quem resiste ao encanto da águia e da Tabajara do Samba?
A azul e branco de Madureira e
Oswaldo Cruz apresenta o enredo indianista “Guajuiá, terra sem males”, por meio
do qual contará a história dos índios que viviam no Rio de Janeiro, antes da
chegada dos portugueses. É uma homenagem aos tupinambás, aos seus hábitos,
cultura e costumes.
Com pegada crítica, o samba-enredo tem trechos aguçados e que abordam a interferência religiosa. Versos como “Nossa aldeia é sem partido ou facção/ Não tem bispo, nem se curva a capitão / Quando a vida nos ensina/ Não devemos mais errar” pretendem tecer críticas não só ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, como também ao governador, Wilson Witsel, e ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Esperançosa, a Portela é a última escola do primeiro dia dos desfiles das escolas de samba e deve adentrar à Sapucaí acompanhada dos primeiros raios solares da segunda-feira de carnaval.
São Clemente
Primeira escola do segundo dia, 27 de fevereiro, a São Clemente recorreu ao bom humor para apresentar o “Conto do Vigário”. Fruto da imaginação do desenhista Jorge Silveira, a escola luta para abandonar as últimas colocações que vem alcançando nos últimos anos.
Vestida de amarelo e preto, cores da agremiação, o grêmio tentará explicar o porquê de o Brasil ser visto pelo mundo com certa desconfiança. Para isso, a representante da Zona Sul do Rio voltará aos tempos passados para mostrar as malandragens e falcatruas da história deste país, começando pela cobiça pelo ouro de Minas Gerais.
Unidos de Vila Isabel
A Comunidade de Noel e Martinho da Vila viajou até Brasília, Distrito Federal, para colher seu enredo. “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasília” contará a história da cidade localizada no cerrado central brasileiro por meio da mitologia indígena.
Com um ar conservador em suas temáticas nos últimos carnavais, o enredo é uma boa oportunidade de traçar críticas ao sistema político que assola a cultura brasileira, sobretudo, a popular. Resta a curiosidade para saber como o carnavalesco Edson Pereira conduzirá essas e outras questões.
Pomposa e luxuosa, a Vila pretende encantar com seus carros exuberantes e extremamente grandes, algo que vem acontecendo desde 2017. A agremiação, nesse ano, adotou uma mistura de sambas composta pelos próprios compositores da escola para montar seu hino de 2020. É a segunda escola de segunda-feira.
Acadêmicos do Salgueiro
Da Zona Norte do Rio para o mundo, o Salgueiro recorreu à irreverência de Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil, para contar o enredo “O Rei Negro do Picadeiro”, de Alex de Souza.
Após exaltar seu orixá, Xangô, em 2019, a vermelho e branco acredita na força, na história e na obra de Benjamin para alcançar os 40 pontos tão esperados em enredo. Afinal de contas, o artista abriu as portas para milhares de negros e negras no mundo dos picadeiros, dos palcos, das telas de cinema e da televisão.
O Rio de Janeiro foi a sua corte e nada mais justo do que uma belíssima homenagem do Salgueiro. Sua arte será apresentada na Apoteose do Samba e pretende emocionar todos aqueles que, na arte, encontram sua forma de resistência e luta.
Unidos da Tijuca
Outra representante da Zona Norte do Rio entrará na Sapucaí na segunda-feira. A Unidos da Tijuca pretende “arquitetar” o público com um enredo que reúne história e crítica e cujo plano de fundo é a arquitetura e o urbanismo da capital carioca. Então, podemos esperar muita coisa boa quando se trata de Paulo Barros como carnavalesco. Quem sabe prédios humanos e as tão famosas favelas de forma lúdica?
Patrocinado, o desfile será uma referência ao Congresso Mundial de Arquitetos, que acontece no Rio, em 2020. A comunidade do Borel promete um grande espetáculo para esquecer o 7° lugar, que deixou a agremiação fora do Desfile das Campeãs.
Mocidade Independente de Padre Miguel
Se tem um enredo esperado pelo Mundo do Samba, esse enredo é o da Mocidade, assinado por Jack Vasconcelos. A comunidade de Padre Miguel homenageará sua maior e mais nobre estrela: Elza Soares. É uma pedrada!
Para promover um belo desfile, a escola precisa vencer os problemas administrativos que vem enfrentando desde o ano passado. Afinal, não é todo dia que a “Elza Deusa Soares” conduz uma agremiação apaixonada pelo seu pavilhão ao tão sonhado título. Elza merece um lindo desfile por tudo que representa enquanto vida, história de luta e resistência.
Com uma letra forte, “abrir os caminhos para Elza passar” é o mínimo que o samba, como forma de agradecimento, pode promover. Sem sombra de dúvidas, olhos lacrimejados e aplausos serão constantes nesse desfile histórico da Vila Vintém.
Beija-flor de Nilópolis
Esquecer sua pior colocação é o principal objetivo da Beija-flor. E, devido a isso, podemos esperar aquela Beija-flor que entrava arrepiando todos os setores e arrancando as notas máximas dos jurados. A azul e branco apresentará o enredo “Se essa rua fosse minha”.
A escola defenderá os rumos que a vida toma por meio das ruas e caminhos construídos pela humanidade. A deusa da passarela, portanto, pretende traçar o rumo para mais uma vitória e levar a taça para a comunidade de Nilópolis, na Baixada.
A Beija-flor é a última escola e fecha o desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Seu desfile conta com uma comissão de carnaval, da qual fazem parte Alexandre Louzada e Cid Carvalho.
Resta esperar para acompanhar o desempenho de cada agremiação durante os próximos 90 dias e, principalmente, no dia do espetáculo. Afinal, carnaval se ganha ali, diante do público, do telespectador e, sobretudo, dos jurados. Que o melhor trabalho técnico e artístico venha se consagrar campeão na quarta-feira de cinzas. O mundo do samba agradece.
Com pegada crítica, o samba-enredo tem trechos aguçados e que abordam a interferência religiosa. Versos como “Nossa aldeia é sem partido ou facção/ Não tem bispo, nem se curva a capitão / Quando a vida nos ensina/ Não devemos mais errar” pretendem tecer críticas não só ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, como também ao governador, Wilson Witsel, e ao presidente da República, Jair Bolsonaro.
Esperançosa, a Portela é a última escola do primeiro dia dos desfiles das escolas de samba e deve adentrar à Sapucaí acompanhada dos primeiros raios solares da segunda-feira de carnaval.
São Clemente
Primeira escola do segundo dia, 27 de fevereiro, a São Clemente recorreu ao bom humor para apresentar o “Conto do Vigário”. Fruto da imaginação do desenhista Jorge Silveira, a escola luta para abandonar as últimas colocações que vem alcançando nos últimos anos.
Vestida de amarelo e preto, cores da agremiação, o grêmio tentará explicar o porquê de o Brasil ser visto pelo mundo com certa desconfiança. Para isso, a representante da Zona Sul do Rio voltará aos tempos passados para mostrar as malandragens e falcatruas da história deste país, começando pela cobiça pelo ouro de Minas Gerais.
Unidos de Vila Isabel
A Comunidade de Noel e Martinho da Vila viajou até Brasília, Distrito Federal, para colher seu enredo. “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasília” contará a história da cidade localizada no cerrado central brasileiro por meio da mitologia indígena.
Com um ar conservador em suas temáticas nos últimos carnavais, o enredo é uma boa oportunidade de traçar críticas ao sistema político que assola a cultura brasileira, sobretudo, a popular. Resta a curiosidade para saber como o carnavalesco Edson Pereira conduzirá essas e outras questões.
Pomposa e luxuosa, a Vila pretende encantar com seus carros exuberantes e extremamente grandes, algo que vem acontecendo desde 2017. A agremiação, nesse ano, adotou uma mistura de sambas composta pelos próprios compositores da escola para montar seu hino de 2020. É a segunda escola de segunda-feira.
Acadêmicos do Salgueiro
Da Zona Norte do Rio para o mundo, o Salgueiro recorreu à irreverência de Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil, para contar o enredo “O Rei Negro do Picadeiro”, de Alex de Souza.
Após exaltar seu orixá, Xangô, em 2019, a vermelho e branco acredita na força, na história e na obra de Benjamin para alcançar os 40 pontos tão esperados em enredo. Afinal de contas, o artista abriu as portas para milhares de negros e negras no mundo dos picadeiros, dos palcos, das telas de cinema e da televisão.
O Rio de Janeiro foi a sua corte e nada mais justo do que uma belíssima homenagem do Salgueiro. Sua arte será apresentada na Apoteose do Samba e pretende emocionar todos aqueles que, na arte, encontram sua forma de resistência e luta.
Unidos da Tijuca
Outra representante da Zona Norte do Rio entrará na Sapucaí na segunda-feira. A Unidos da Tijuca pretende “arquitetar” o público com um enredo que reúne história e crítica e cujo plano de fundo é a arquitetura e o urbanismo da capital carioca. Então, podemos esperar muita coisa boa quando se trata de Paulo Barros como carnavalesco. Quem sabe prédios humanos e as tão famosas favelas de forma lúdica?
Patrocinado, o desfile será uma referência ao Congresso Mundial de Arquitetos, que acontece no Rio, em 2020. A comunidade do Borel promete um grande espetáculo para esquecer o 7° lugar, que deixou a agremiação fora do Desfile das Campeãs.
Mocidade Independente de Padre Miguel
Se tem um enredo esperado pelo Mundo do Samba, esse enredo é o da Mocidade, assinado por Jack Vasconcelos. A comunidade de Padre Miguel homenageará sua maior e mais nobre estrela: Elza Soares. É uma pedrada!
Para promover um belo desfile, a escola precisa vencer os problemas administrativos que vem enfrentando desde o ano passado. Afinal, não é todo dia que a “Elza Deusa Soares” conduz uma agremiação apaixonada pelo seu pavilhão ao tão sonhado título. Elza merece um lindo desfile por tudo que representa enquanto vida, história de luta e resistência.
Com uma letra forte, “abrir os caminhos para Elza passar” é o mínimo que o samba, como forma de agradecimento, pode promover. Sem sombra de dúvidas, olhos lacrimejados e aplausos serão constantes nesse desfile histórico da Vila Vintém.
Beija-flor de Nilópolis
Esquecer sua pior colocação é o principal objetivo da Beija-flor. E, devido a isso, podemos esperar aquela Beija-flor que entrava arrepiando todos os setores e arrancando as notas máximas dos jurados. A azul e branco apresentará o enredo “Se essa rua fosse minha”.
A escola defenderá os rumos que a vida toma por meio das ruas e caminhos construídos pela humanidade. A deusa da passarela, portanto, pretende traçar o rumo para mais uma vitória e levar a taça para a comunidade de Nilópolis, na Baixada.
A Beija-flor é a última escola e fecha o desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Seu desfile conta com uma comissão de carnaval, da qual fazem parte Alexandre Louzada e Cid Carvalho.
Resta esperar para acompanhar o desempenho de cada agremiação durante os próximos 90 dias e, principalmente, no dia do espetáculo. Afinal, carnaval se ganha ali, diante do público, do telespectador e, sobretudo, dos jurados. Que o melhor trabalho técnico e artístico venha se consagrar campeão na quarta-feira de cinzas. O mundo do samba agradece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário