Iris Fernandes Oliveira
“Breaking bad” é uma expressão do sul dos Estados Unidos e que nomeia a série de Vince Gilligan, produzida entre 2008 e 2013. Considerada por muitos críticos uma das melhores séries já feitas, o título (cuja tradução seria ”chutando o balde”) de cara já nos revela pistas sobre a trajetória do protagonista Walter White. A transformação do infeliz professor de ensino médio no poderoso Heisenberg, um excelente produtor e traficante de metanfetamina, é o principal arco da trama recheada de reviravoltas dramáticas e que surpreende com a qualidade do enredo, da produção, da atuação, enfim, do produto como um todo.
Walt era um pacato professor de química, apesar de possuir uma habilidade acima da média, infeliz com a vida que levava e que sofria silenciosamente com as diversas humilhações que acreditava passar no dia a dia. Aos 50 anos, ele é diagnosticado com um câncer inoperável e que faz Walter “acordar” pra vida, como nos revela em certo episódio. Ao se confrontar com a própria fragilidade, ele decide usar suas peculiares habilidades enquanto químico para produzir metanfetamina e ganhar não só dinheiro, como poder e controle. Sua trajetória é acompanhada por Jesse Pinkman, um ex-aluno de Walter, que está envolvido no tráfico de drogas e que mostra-se útil para Walter, que desconhece o mundo do crime até então.
Breaking Bad é a história de um homem que quando se vê cara a cara com sua vulnerabilidade nega-se a aceitá-la e passa a buscar maneiras de se afirmar como um sujeito de poder, mesmo que para isso ele perca tudo que parecia prezar: a família, o dinheiro, a vida. Em nome de seu próprio ego e orgulho, Walter permite-se passar por cima de todos sem sequer olhar para trás, erguendo um legado em seu nome que não será esquecido.
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