quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

2017.2 Manchetes


EDITORIAIS DE FOTOGRAFIA



JORNALISMO & COTIDIANO


Textos produzidos através da metodologia d'O Encantador de Serpentes por grupos de alunos das disciplinas Teoria da Comunicação I (Jornalismo & Cotidiano) e História e Teoria da Comunicação II (Editoriais de Fotografia + Making Off), com coordenação do mestrando Alisson Gomes Calado (através do Programa de Estágio à Docência) e supervisão do professor Marcelo Bolshaw Gomes

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Relato de uma Experiência

1.


O desafio de aplicar a teoria em um contexto de prática é o motor de existência da educação. A globalização neoliberal financia a propagação na mídia de massa de uma universidade a serviço do mercado, funcionalista e tecnicista. Essa visão míope e estratégica do mercado financia e influencia governos pouco dispostos ou subservientes a correlação de forças em continuar a mensurar o desenvolvimento intelectual por réguas quantitativas. Desta forma, um dos setores mais prejudicados por essa escolha política é a área de humanas.

Responsável em décadas passadas por pensar um projeto de Nação para o Brasil, hoje está relegada ao baixo investimento, o precário reconhecimento e a desvalorização intelectual. De modo mais objetivo, as políticas públicas desenvolvidas fortalecem exclusivamente setores tecnológicos e de engenharia à serviço das multinacionais; seus profissionais são acossados por indigentes fascistas acampados sob a ridícula alcunha de Escola Sem Partido; e nos seus espaços de atuação são obrigados a se submeterem a critérios de avaliação que deixariam orgulhosos os conselheiros econômicos do FMI.

Nesse contexto interno hostil, ainda resta a o desafio de devolver a sociedade como também esclarecer a mesma sobre a real função da universidade ancorada nos pilares da pesquisa, extensão e ensino. Tudo isso sem possuir capacidade de financiar e influenciar os meios de propagação simbólica em massa com o seu discurso. Dentro deste pequeno espaço reservado ao professor, resta, portanto, a liberdade de cátedra para explorar modelos alternativos de saber.


2.

Nos últimos anos, a profissão e o curso de jornalismo/comunicação social vem passando por mudanças profundas no seu corpus e ethos. O fim da obrigatoriedade do diploma, o encerramento das atividades de centenas de jornais tradicionais e a ausência de uma regulamentação econômica que evite a expansão de monopólios informativos merecem uma reflexão ainda mais complexa em tempos de internet para não transformar o oficio em uma terra de ninguém. Ou, com profetizou Pullitzer, com o tempo, corremos o risco de criar uma sociedade cínica e vil à imagem e semelhança de sua mídia. O que não estamos muito distantes.

Para tanto, cabe não somente repensar, como também ressaltar a disciplina em Teorias da Comunicação. O pensamento abstrato não surge do nada para explicar coisa alguma. É fruto de observações e pesquisas intensas sobre como se reflete no agir em sociedade. A preocupação com a manipulação dos fatos, a representação das identidades, os usos que fazemos das mídias, os discursos dos meios, a produção de sentidos e as práticas sociais que engendram serão fios condutores à longo-prazo para uma construção social positiva ou negativa. A teoria não pode ser deslocada da realidade; ao contrário, é seu dever dialogar com ela, com o imediato. De outro modo, não existe razão de ser.

Nos anos 60, esta preocupação do diálogo com a realidade levou inúmeros pesquisadores à práxis. O desenvolvimento do subdesenvolvimento em território latino-americano provocou uma onda revolucionária de transformação imediata da realidade social. O campo da comunicação não ficou incólume: Paulo Freire (Brasil), Mário Kaplun (Uruguai), Armand Mattelart (Chile), Luis Beltrán (Bolívia), Juan Diáz Bordernave (Paraguai), entre outros desenvolveram métodos que empoderassem os sem-mídia, principalmente os excluídos do campo e da cidade. Os governos autoritários impediram a tempo que esses sujeitos lograssem sucesso, mas a história, por ora, não se encerrou.


3.

A pluralidade renovadora de vozes e experiências que compõe a realidade em sala de aula conduz à inevitável reflexão pedagógica de Paulo Freire sobre o professor que aprende com os educandos. Multidisciplinar por natureza, o campo da comunicação carece de um objeto de pesquisa puro, porém abre espaço para uma miríade de interpretações transdisciplinar sobre um fato. Afinal, um fato se define pelo olhar do outro.

Com o estágio docência, orientado pelo professor Dr. Marcelo Bolshaw, tive a oportunidade de aplicar a teoria na prática. O momento da pós-graduação é, entre outros postulados, o de refinar o raciocínio crítico com o objetivo de formar-se um sujeito com as competências mínimas necessárias que facilite o compartilhamento de saberes. Reconheço que a Universidade não é o único nem o mais indicado local a se desenvolver essas habilidades, porém, na realidade da qual estou inserido, não seria prudente menosprezar essas diretrizes.

Dialogar as teorias da comunicação com a realidade concreta foi o desafio proposto: a) identificar no espaço-tempo a construção/invenção da nossa realidade cultural, vítima da modernidade, o silenciamento dos povos originários e escravizados que nos caracterizam como um país de massas, de tal forma que reproduz-se nos discursos e representações simbólicas/midiáticas a opressão e a violência de um passado que teima em ser a nossa sina; b) explorar os talentos criativos da turma do curso de Comunicação Social/Audiovisual-UFRN na disciplina em História e Teoria da Comunicação II.

Os trabalhos desenvolvidos abaixo representam um primeiro passo em direção à este objetivo, o de não se deixar resignar-se. Para a partir daí, planejar os próximos passos em busca de estratégias que visem bloquear o desenvolvimento do subdesenvolvimento e superar de forma massiva a nova colonização que hoje atende pelo nome de Globalização. A comunicação, a cultura e a educação são instrumentos de emancipação social, porém, se deixadas nas mãos do status quo, irão representar somente a manutenção do sistema soft de escravidão e o estimulo do desejo pela servidão. Que sirvam de um alerta sobre onde nós estamos e para onde queremos ir.

Alisson Gomes Callado
Mestrando em Estudos da Mídia-UFRN

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Simulacros e Simulações em Baudrillard

[Making-off]
Equipe: Fábio Oliveira, Katilene Rodrigues, José Paulino, Jonhathan Augusto e Tázio Matheus

Material base:
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulações. Disponível em: https://monoskop.org/images/c/c4/Baudrillard_Jean_Simulacros_e_simula%C3%A7%C3%A3o_1991.pdf

SANTOS, Tarcyane Cajueiro. A sociedade de consumo, os media e a comunicação nas obras iniciais de Jean Baudrillard. Revista Galáxia, São Paulo, n. 21, p. 125-136, jun. 2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/3566




Ensaio Fotográfico













Afrofuturismo

[Making-off]
Equipe: Sarah Meira, Ana Neves, Francisco Ewerton, Rayssa Carvalho, Jesse Fernando, Fernando Silva e Marcelo Rachid.

Material base: FREITAS, Kênia (org). Afrofuturismo: Cinema e Música em uma Diáspora Intergaláctica. Disponível em: http://www.mostraafrofuturismo.com.br/Afrofuturismo_catalogo.pdf



Ensaio Fotográfico:









sábado, 2 de dezembro de 2017

Biblioteca sob rodas


O projeto BiblioSesc, a biblioteca sobre rodas do Sesc RN, leva diversas opções literárias as comunidades carentes e as escolas públicas conveniadas do nosso estado, em seu acervo estão mais de 3000 exemplares que incluem livros, revistas e gibis para jovens e adultos. Os objetivos deste projeto é promover a leitura, diminuir a distância entre o livro e o leitor e melhorar a qualidade de vida da população através do acesso à informação de qualidade.
Com o tempo, a biblioteca rompeu a barreira de uma instituição inerte e está passando a fazer parte da sociedade com responsabilidades sociais e objetivos claros de inclusão social, já que o acesso a informação se tornou um direito no Brasil na constituição de 1988.
Mas na era digital será que o brasileiro está perdendo o interesse pelo livro impresso? Segundo a equipe responsável pela biblioteca móvel, isso não está nem perto de acontecer, todos os meses há uma média de 1148 empréstimos realizados por alunos e pelos moradores dos bairros visitados. E além disso, em comunidades carentes, existe maior dificuldade em ter acesso a conteúdos digitais o que dificulta o acesso à informação.
A biblioteca móvel atende quinzenalmente a cada ponto de visitação que lhe é designado, ficando ali o tempo necessário para atender os leitores daquela região. Com isso, cada local recebe a visita da biblioteca móvel duas vezes ao mês.
Mas nem tudo são flores, a biblioteca móvel se depara diversos obstáculos a serem superados, como a falta de adequação da corrente de energia de algumas escolas municipais e estaduais. A biblioteca móvel utiliza uma corrente de no mínimo 210v, enquanto algumas escolas possuem apenas 190v o que pode gerar grandes problemas não só nos aparelhos utilizados pela a biblioteca móvel, mas bem como nos próprios eletrônicos dessas escolas.
Um dos principais problemas brasileiros é a dificuldade da população de baixa renda (ou que vivem em lugares distantes das capitais) ter acesso a uma educação de qualidade e o principal objetivo da biblioteca móvel é justamente levar a informação a essas pessoas.
Em uma entrevista concedida a este trabalho pela professora Taciana Lopes responsável pela matéria de Língua Portguesa do Colégio Estadual Peregrino Júnior localizado no bairro de Potengi na Zona Norte de Natal, ela disse:
 “Em relação a BiblioSesc, eu acho o interesse pela leitura aumentou bastante. No começo, só quem utilizava a biblioteca eram os alunos do primeiro ano. Ai no período da tarde, os alunos do ensino fundamental ao verem os alunos mais velhos frequentando a biblioteca, se interessaram e começaram a frequentar também. Nós vimos isso com um avanço para escola. Eles foram movidos pela curiosidade, por iniciativa própria.”
Podemos perceber que a formação de uma sociedade inclusa socialmente é de extrema importância para uma organização social mais igualitária, justa e capaz de exercer seus direitos. E isso só acontece se existir uma instituição que possa servir a sociedade com serviços, bens e projetos culturais. E nada mais justo que esse seja o papel da biblioteca, já que o seu principal papel é assegurar o acesso à informação.

 Ana Gabriela Lobato Schmidt e Hania Cavalcante

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Vamos pensar em artes?


Ao fechar seus olhos e pensar no lado crítico da arte, o que você imagina? A Mona Lisa de Da Vinci? A “Oitava Sinfonia” de Beethoven? A Virgem Velada de Strazza? Entre estas e outras obras que são remetentes a grandes criações artísticas, as quais são consideradas grandes obras da arte, temos logos noções pré-concebidas de que artes é Picasso, Michelangelo, Da Vinci e Beethoven.
Quando falamos sobre artes abrimos um leque de diversidade. A arte brasileira foi influenciada por diversos estilos, e existe – e resiste – desde a pré-história com as artes primitivas. Também é marcada pela arte indígena, pela europeia, no período colonial, e pela africana. Ela se manifesta em diferentes formas, como na dança, na pintura, no teatro e na literatura. A etimologia da palavra vem do latim ars, artis – "maneira de ser ou agir, habilidade natural ou adquirida", sendo uma forma de expressão e manifestação do ser.
Porém outras formas artísticas são discriminadas por sua origem social, como grafite, rap, funk, xilogravura, hip hop, break, web designer, ... que estão ganhando espaço aos poucos, em um processo lento, já que os artistas não recebem apoio, tanto da parte social como da parte governamental.
Com as recentes polêmicas acerca da performance no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, é notório que no Brasil ainda não se tem uma valorização da arte. “Como estudante de arte, tenho mais contato com o que a sociedade rotulou como sendo arte”, diz o artista e estudante de licenciatura em Artes Visuais da UFRN, Thiago Hilen. Em uma sociedade conservadora como a brasileira, onde artistas são taxados como “vagabundos”, não se é valorizado o valor (monetário) da obra. Além de tudo isso, o povo brasileiro é quem menos frequenta espetáculos culturais, como dança, música e teatro em pesquisa realizada pelo Sesc em 2013.
Apesar das polêmicas e dos protestos de boicote à arte – há muito anos já sofrendo boicote no país – convivemos com a arte em nosso cotidiano e ela caminha, ainda, junto da tecnologia. Os artistas têm de se adaptarem às novas tecnologias, usando-as como ferramentas para criar e expor suas artes e, com isso, ganhar mais visibilidade. “A arte é transgressora por natureza. Nos faz pensar. É o espelho que reflete o nosso inconsciente”, diz Frei Betto, frade dominicano e autor brasileiro.
Ao nos depararmos com essas ideias realizamos três entrevistas com jovens artistas do RN, procurando saber como a arte é vista hoje, quais são as concepções e conceitos, como a arte se relaciona com a tecnologia e a sociedade sob a perspectiva eu artista. 
Conheça nossos entrevistados:
Thiago Hilen Dias Vieira é um artista natural de Natal-RN e é estudante do curso de Licenciatura em Artes Visuais da UFRN. Nesta entrevista, Hilen, como é conhecido entre amigos e familiares nos apresenta a sua concepção de arte e a função que ela exerce no cotidiano de uma sociedade.
Fernanda Félix, Suburbana Tipo A, escritora, poetisa, design e produtora cultural.
Luan Santos é natalense, tem 25 anos e é estudante do curso de Tecnologia da Informação na UFRN. Sua produção artística sempre se deu no âmbito da tecnologia em marcas, banners, layouts e etc.


01 - Qual o seu conceito de arte?

Hilen: Arte é toda e qualquer manifestação de atividade humana, abrangida por uma imensa variedade de linguagens, que possua um conceito próprio por trás.
Suburbana Tipo A: a arte é o meio de expressar sentimentos e sensações, emoções e ideias, independente da manifestação artística usada para emiti-la, a arte é algo intrínseco, a arte é singularidade.
Luan: Considero arte qualquer expressão de ideias, que são sintetizadas em diversos tipos de materiais ou plataformas.

02 - Como a arte se manifesta no seu cotidiano?

Hilen: Não tem como não ver a arte se manifestando no nosso cotidiano, por mais que passe despercebido, ela está lá, seja num anuncio publicitário, numa roupa, numa música, pois a arte possui uma vasta variedade de linguagens, como já disse antes. Como estudante de arte, tenho mais contato com o que a sociedade rotulou como sendo "arte". Passando pelo departamento de artes pode-se ver facilmente pessoas tentando se expressar artisticamente, seja dançando, encenando, pintando, ou apenas conversando sobre arte.
Suburbana Tipo A: A arte pode ser discreta e simples ou pode ser o contrário, a arte pode ser o que quiser. Um pixo é arte, desde que meus olhos ou algo na minha mente me direcione a este pensamento.
Luan: A arte se manifesta em praticamente tudo no meu dia a dia. Placas, cores, disposição de objetos, tudo pode me inspirar em novos trabalhos.

03 - Qual a função da arte na sua visão?

Hilen: É evidente que a arte possui inúmeras funções, ela pode entreter informar, criticar, expressar pensamentos e tudo mais. Contudo, para mim, a principal função da arte é ela conseguir concretizar pensamentos, sentimentos do artista, que muitas vezes a linguagem verbal, por mais que também possa ser uma vertente para se fazer arte, não dá conta de expressar.
Suburbana Tipo A: inventar a vida e ser inventada.
Luan: Comunicar as pessoas uma ideia ou sentimento do autor.

04 - Você considera a arte importante para a sociedade?

Hilen: A arte sempre teve um papel importantíssimo na sociedade, desde o inicio dos tempos ela serve para documentar acontecimentos, relatar momentos históricos, pensamentos da época e etc. Atualmente, a arte não é mais tão documental, podemos vê-la tendo um teor mais crítico, seja criticando o governo, o comportamento humano, e tudo mais.
Suburbana Tipo A: Essencial. A arte serve para contar histórias, tudo é arte, desde um idioma falado, um código, o desenho de uma criança...
Luan: Sim! Todas as pessoas deveriam ter acesso as mais variadas formas de arte.

05 - Você considera que a arte e a tecnologia estão lado a lado?

Hilen: Não tenho muita propriedade para falar sobre a relação entre arte e tecnologia, mas acredito que elas caminhem juntas sim. Com a criação de novos recursos tecnológicos, os artistas vão tendo que se adaptar e pensar em como usar esses recursos para fazer sua arte, um exemplo muito forte é a arte digital feita no photoshop, illustrator e etc. A tecnologia não só nos deu ferramentas de criação, mas também ferramentas e exposição, redes sociais como o instagram, por exemplo, nos permite expor nossa arte com um alcance mundial, o que para o crescimento do artista é uma coisa incrível, pois ele ganha uma visibilidade que não era possível ser alcançada alguns anos atrás.
Suburbana Tipo A: arte e a tecnologia andam juntas o tempo inteiro. Tudo que é hábil é tecnológico. A arte tem um potencial de transformar e completar lacunas como a tecnologia.
Luan: Creio que não em todos os âmbitos da arte. Mas no meu cotidiano de trabalho estão totalmente ligadas.

06 - Quais os prós e contras ?

Hilen: Não vejo pontos negativos no avanço da tecnologia no que diz respeito à arte. Como já disse anteriormente, a fácil exposição, a visibilidade que a tecnologia nos trouxe é incrível. É muito mais fácil fazer arte e publicar pra todo mundo ver, isso encoraja outras pessoas a fazer arte também, e, a meu ver, quanto mais arte existir, melhor.
Suburbana Tipo A: levando em consideração que a tecnologia pode transformar coisas, ao mesmo tempo que a arte pode transformar as pessoas, não existem muitos pontos contras. Mas como já disse, arte é singular, talvez se apropriar de uma técnica ou tecnologia pode ser um ponto negativo. A facilidade de se apropriar.
Luan: Entendo que não existem "contras". Em relação aos "prós", creio que a tecnologia pode viabilizar o acesso da população a diversos tipos de arte.

07 - Sua opinião sobre a massificação da arte.

Hilen: A massificação da arte é necessária para inclusão do povo na arte, porém o modo como é massificado nem sempre é tão legal. A mídia é o maior transmissor de arte para a maioria da população, assim ela consegue controlar o que a população vê e consequentemente como pensa.
Suburbana Tipo A: Ela já é explícita. Só uma questão de observação dos não-artistas ou artistas inatos. O entretenimento serve para massificar a arte (risos) a arte é de todo mundo.
Luan: Entendo ser muito importante que a arte esteja disponível a grande massa da população, mesmo sabendo que a curto prazo essa população não se interessaria por arte. Porém a longo prazo teríamos uma nova geração que crescerá com esse contato mais próximo com a arte, e consequentemente com um maior interesse que a geração passada.

08 - Até onde a arte é acessível na sua visão?

Hilen: A acessibilidade na arte, por mais que hoje seja mais fácil ter acesso a conteúdos artísticos, ainda é uma questão negligenciada. Devido a falta de conhecimento e de interesse da maioria da população o acesso a arte é mais difícil para a massa que não pertence a elite, pois dificilmente a arte é direcionada ao público popular.
Suburbana Tipo A: Até o ponto em que estamos dispostos a percebê-la.
Luan: Ao meu ver a arte é pouco acessível, por dois principais motivos: falta de interesse da grande massa por esses conteúdos e inviabilidade econômica para grande parte da população consumir arte.

A visão contemporânea da arte faz com que ela se torne palpável e não mais um objeto, uma exclusividade de uma elite. Uma tela que há séculos atrás prendia a atenção por seu valor artístico, hoje pode ter o mesmo valor daquela música de dois minutos daquele cantor sertanejo. Podemos entender a arte como revolucionária, sobrevivente que se adapta a épocas e estilos, se apropria da ciência, da religião, da politica ou apenas se integra a elas. 

Produzido por Sulamita Lima de Oliveira.
Redação por Maria Clara Lima.
Reportagem feita por Antônia Danielle e Larissa Eufrasio.
Fotografia de Rafael dos Santos.
Editado por Gláucia Oliveira.