terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Nossa história

O mundo vai saber quem somos

Coletivo de teatro local conta de maneira descontraída a história do RN e traz a cultura potiguar para escolas do estado.

Foto de Bruno Martins

Feito por: Caik Fernando de Souza Nunes, Letícia Oliveira de Araújo, Matheus Henrique Pereira da Silva, Rafaela Prucci Souza Rocha, Rita Cássia Costa do Nascimento, Suellen Elisabeth Costa de Oliveira e Temístocles Rodrigues de Melo Júnior.

Andando pelas cidades do Rio Grande do Norte, não é difícil se deparar com a opinião popular de que “somos um povo sem identidade cultural”, sem histórias para contar. Colonizados por franceses e holandeses, grande parte dos nativos dessa região foram massacrados, levando junto com eles uma grande questão: “Quem são os norteriograndenses?”

O coletivo potiguar “Entre Nós” aceitou o desafio e resolveu contar ao norte riograndense quem ele é, através do espetáculo “Tromba”. Da região agreste até Parnamirim Field a história do Rio Grande do Norte é contada por meio da dança e da encenação de maneira leve e dinâmica. Tendo sua conjuntura atual formada por seis bailarinos, além disso, tem um grande produção em seus bastidores.

O “Tromba” surgiu a partir de um projeto chamado Conexão Elefante Cultural com o apoio do SEBRAE, tendo como objetivo levar ao povo potiguar a sua história de um jeito simpático e de fácil compreensão, um espetáculo onde o público pudesse se conectar e se encontrar no que seria contado pelos atores de acordo com suas vivências ao passar em casa lugar do RN.“[...] como a gente fala do nosso próprio estado, das nossas cidades, das nossas vivências, do nosso folclore , da nossa contemporaneidade, as pessoas se identificam. Então a gente chegava falando da região oeste, e a pessoa está lá, a gente está lá em Apodi, Mossoró e as pessoas olham aquilo e pensam “Vão contar nossa história”, vão se identificar com a invasão da cidade ou em Parnamirim, com a base da segunda guerra mundial. Quando chegava em João Câmara, aí se identifica com os terremotos, no Seridó e por aí vai [...] o mais bacana era isso, que as pessoas riam da história delas, emocionaram-se com as histórias delas, contemplavam-se vendo um espetáculo de um grupo de fora” afirma Thazio, um dos integrantes do coletivo.


Foto de Brunno Martins

O espetáculo foi apresentado em várias escolas públicas do estado e foi especialmente pensado para o público infanto-juvenil com uma linguagem fácil com intuito de ser uma aula descontraída, porém cheias de ensinamento sobre a cultura local. O grupo resgata as histórias das tradições orais de presente no interior e também a história dos Tupis e suas linguagens. “A gente consegue resgatar isso através da dança que a gente faz. No primeiro, a gente tem os índios que são dizimados por conta dos holandeses, pelos grandes currais, na época, que tinha os fazendeiros daquela época que tomaram conta. E aí surge a brincadeira do boi, dos brincantes. Então assim, isso tudo está inserido dentro do nosso contexto da cultura.” volta a afirmar Thazio.

        Agora o coletivo potiguar parte para a Alemanha com a peça intitulada “CHAMADA” para falar sobre a cultura brasileira, trazendo a capoeira e a dança contemporânea com suas características particularmente brasileiras. O grupo vai dividir palco com mais outros dois grupos brasileiros, sendo cada um trabalhando um tema diferente. Com isso, mais uma vez o grupo tem responsabilidade de levar a cultura para público, assim como fez localmente, agora levando para o âmbito global.

Foto de Ian Rassari

Um comentário:

  1. Parabéns a equipe pela excelente entrevista e aos artistas, por terem o interesse de contarem um pouco da nossa história e vamos acabar com esta conversinha de que os norte-rio-grandenses não tem historhi para contar!

    ResponderExcluir