Rudson Mendes de Oliveira
"Emily in Paris" é uma daquelas séries que dividem opiniões, mas que raramente passam
despercebidas. Criada por Darren Star, a mesma criadora de "Sex and the City", a trama
acompanha Emily Cooper (Lily Collins), uma jovem americana que se muda para Paris logo
quando recebe uma oportunidade de trabalho inesperada. Entre desafios culturais,
romances e a vida no mundo do marketing e o luxo, essa produção constrói uma narrativa
leve e visualmente deslumbrante.
Por falar em visual deslumbrante, está na estética o ponto forte da série. Paris é
apresentada como um sonho, com ruas charmosas, moda impecável e cenários perfeitos
para um cartão-postal. A própria protagonista usa figurinos que chamam atenção por suas
cores vibrantes e com um estilo francês. Esse apelo visual é, sem dúvida, o que prende a
atenção logo de início.
No entanto, contém clichês culturais que já foram amplamente criticados. Franceses são
frequentemente retratados como mal-humorados, enquanto Emily surge como a americana
otimista que resolve tudo com criatividade. Essa abordagem superficial pode ser cansativa
para quem espera mais profundidade nas interações.
Já no enredo, entrega um romance clichê, ótimo para assistir em uma tarde tranquila. Boa
parte da trama tem aqueles triângulos amorosos previsíveis e conflitos no trabalho que se
resolvem magicamente. Por isso, para quem busca algo despretensioso e divertido, como
eu procurei e encontrei, Emily in Paris funciona como entretenimento puro.
Mesmo sabendo de muitas críticas sobre a série, acredito que ela tem seu charme. É uma
produção feita para maratonar em um fim de semana, com diálogos rápidos e personagens
que, embora estereotipados, cativam. A mensagem, no fim, é clara: nem tudo precisa ser
realista para ser divertido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário