quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Emily in Paris


Rudson Mendes de Oliveira
 
"Emily in Paris" é uma daquelas séries que dividem opiniões, mas que raramente passam despercebidas. Criada por Darren Star, a mesma criadora de "Sex and the City", a trama acompanha Emily Cooper (Lily Collins), uma jovem americana que se muda para Paris logo quando recebe uma oportunidade de trabalho inesperada. Entre desafios culturais, romances e a vida no mundo do marketing e o luxo, essa produção constrói uma narrativa leve e visualmente deslumbrante. 

Por falar em visual deslumbrante, está na estética o ponto forte da série. Paris é apresentada como um sonho, com ruas charmosas, moda impecável e cenários perfeitos para um cartão-postal. A própria protagonista usa figurinos que chamam atenção por suas cores vibrantes e com um estilo francês. Esse apelo visual é, sem dúvida, o que prende a atenção logo de início. 

No entanto, contém clichês culturais que já foram amplamente criticados. Franceses são frequentemente retratados como mal-humorados, enquanto Emily surge como a americana otimista que resolve tudo com criatividade. Essa abordagem superficial pode ser cansativa para quem espera mais profundidade nas interações. 

Já no enredo, entrega um romance clichê, ótimo para assistir em uma tarde tranquila. Boa parte da trama tem aqueles triângulos amorosos previsíveis e conflitos no trabalho que se resolvem magicamente. Por isso, para quem busca algo despretensioso e divertido, como eu procurei e encontrei, Emily in Paris funciona como entretenimento puro. 

Mesmo sabendo de muitas críticas sobre a série, acredito que ela tem seu charme. É uma produção feita para maratonar em um fim de semana, com diálogos rápidos e personagens que, embora estereotipados, cativam. A mensagem, no fim, é clara: nem tudo precisa ser realista para ser divertido.

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