Adrielen Cristina Roque Da Silva Vilela
"Moving" é uma série que mergulha em um universo onde superpoderes coexistem com
a humanidade e suas próprias questões. Baseada no webtoon de mesmo nome, escrito e
dirigido pelo pai do webtoon sul-coreano e autor da obra original, o Kang Full, a trama
centrada em jovens com habilidades extraordinárias nos envolve com dilemas cotidianos que
tornam os personagens profundamente humanos antes de trilharem caminhos como herois e
vilões de suas próprias vidas. A série não se limita a explorar poderes e aborda temas como a
solidão, pertencimento e autodescoberta, além de outros paralelos sociais como o regime
militar, violência policial e corrupção política.
Moving me conquistou pelas cenas de ação intensa com momentos de vulnerabilidade
emocional, onde, em um ponto alto, a trama deixa claro que não se trata de uma história de
ação, mas de um romance. Os protagonistas, especialmente os jovens, são apresentados de
forma tão autêntica que, apesar de suas habilidades, podemos enxergar neles uma luta interna
de crescimento e aceitação.
A narrativa é densa e multifacetada, com uma história que vai além dos clichês de
super-heróis que já conhecemos. Cada personagem tem motivações complexas que refletem o
despreparo de verdadeiros humanistas: a empatia. Ao longo dos 20 episódios, Moving me fez
refletir sobre o impacto das escolhas e como até aqueles que parecem invencíveis podem ser
profundamente afetados por suas experiências passadas.
A história combina brilhantemente ação, romance, humor e cria esse drama de alta
classe, emocionante e cheio de coração. A produção é facilmente a aposta que pode dar à
Marvel a devida competição pela excelência ao criar novos super-humanos. Contudo, de uma
forma única, Moving soube retratar exatamente de onde vem toda força e coragem que nos
tornam super; a fonte infinita do amor que sentimos pela nossa família.
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