domingo, 4 de dezembro de 2022

pedagogia neurocriativa

 


Jason Nascimento de Andrade Junior


Em seu livro Razão e Criatividade, Marcos Nicolau dá vazão aos estudos do cérebro e seus comportamentos em relação à exercícios mentais que possam estimulá-lo, fossem os famosos testes de QI ou ainda jogos de tabuleiro como o xadrez. Tendo isso em mente foi possível traçar paralelo entre a ludosofia – desenvolvida tanto na leitura quanto em sala de aula nos últimos meses – e o TCG (Trading Card Games) que completa 3 décadas em 2023: Magic The Gathering.

Antes de dar prosseguimento à relação entre o jogo e a Criatividade, vale salientar a história do desenvolvimento dele: planejado numa garagem nos Estados Unidos por um grupo de jovens adultos recém-formados – dentre eles, alguns matemáticos –, a equipe por trás do que virá a ser a wizards of the coast como a conhecemos consistia de 10 funcionários que iam de faxineira até os designers de arte, alguns poucos dólares no bolso e uma ideia ousada de surfar na onda dos jogos de mesa como Dungeons and Dragons que, na época, já cultivava alguns fãs pelo país a fora.

E finalmente em 1993 as cartas, antes no imaginário do grupo de artistas, tomaram corpo e mais do que isso, se tornaram disponíveis ao público. O resultado não poderia ser outro e o sucesso não demorou a vir, novas edições começaram a ser impressas naquele mesmo ano e torneios foram organizados para oficializar a presença de Magic The Gathering no cenário competitivo nacional dos EUA.

Atualmente Magic conta com mais de 21 mil cartas diferentes umas das outras, uma variedade surpreendente de opções e possibilidades que lhe permitem traçar diferentes estratégias a fim de alcançar o seu objetivo: vencer a partida (ou se divertir, para os mais casuais).

Mas onde isso se encaixa com o livro escrito por Marcos Nicolau: Razão e Criatividade? 

Magic The Gathering é um jogo que incentiva seus jogadores a, como diz o ditado, pensarem fora da caixinha, afinal não basta ter a carta mais cara ou jogar com a estratégia mais forte para vencer, pois ela não existe num universo de 21 mil possibilidades, é preciso então fugir o pré-estabelecido, buscar formas sólidas de ganhar, isto é, antes mesmo de jogar, pois cabe à você decidir quais cartas usar, qual estratégia seguir e outros inúmeros fatores que aumentam a complexidade do jogo e exigem do seu jogador um maior nível de raciocínio, para que só aí, depois de algumas decisões tomadas, poder jogar frente à frente com seu adversário, o que exige uma nova série de decisões que precisam ser tomadas de ambos os lados, como numa partida de xadrez.

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