quinta-feira, 28 de julho de 2022

Heartstopper

 


 Matheus Vinícius Fernandes de Menezes


A série “Heartstopper” dirigida por Euros Lyn e produzida por Patrick Walters, foi inspirada na webcomic escrita por Alice Oseman, que também supervisiona a série. Ela conta a história de dois adolescentes que estudam na Truham Grammar School for Boys, o Nick Nelson (Kit Connor) e o Charlie Spring (Joe Locke). Nick aparenta ser o típico adolescente de filmes americanos, o popular que joga rugby, porém ao conhecer Charlie ele vai perceber que não é apenas isso. 

Ao serem colocados como dupla numa matéria, Nick e Charlie desenvolvem uma amizade um tanto inesperada, já que Nick é popular e Charlie costumava sofrer bullying até o ano anterior ao enredo da série, por descobrirem que ele é gay. Charlie Spring é um garoto tímido porém sem ter vergonha de quem ele é, sempre acompanhado de Tao e Isaac, seus amigos e protetores. Ao conhecer Nick ele logo desenvolveu um “crush” por ele, e a partir disso a história se desenvolve num romance inesperado. Nick que é colocado como hétero, por pressão social, descobre que é bissexual após dúvidas e questionamentos sobre seus sentimentos por Charlie, se afastando do seu antigo grupo de amigos ao perceber que não fazem bem a eles. 

O enredo ainda conta com sub enredos paralelos ao principal, tendo Tara e Darcy, um casal lésbico como um núcleo, novas amigas de Nick, e também Tao e Elle, amigos de Charlie quem estão desenvolvendo uma relação mais íntima. 

Heartstopper é uma série feita por e para o público LGBTQIA+. Alice Oseman é não-binária e o elenco conta com pessoas trans, gays, lésbicas e bissexuais. Além de passar uma bela mensagem sobre representatividade e aceitação, também conta um pouco sobre bullying e os traumas que ele pode ocasionar, tudo isso de um jeito leve e com uma estética fazendo jus a sua inspiração, que é a webcomic de mesmo título, ao colocarem elementos animados nas cenas que indicam e representam sensações e sentimentos dos personagens na cena e também influencia a quem assiste, algo que também acontece nos quadrinhos. Além de ter uma ótima trilha sonora com cantores ingleses locais, para remeter ao local da série, um interior na Inglaterra. 

É uma ótima série para todos os públicos e todas as idades, fazendo crianças que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ se sentirem representadas desde pequenas, e também fazendo com que pais ou futuros pais entendam um pouco sobre como é esse processo de aceitação de uma criança/adolescente LGBT.

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