domingo, 27 de novembro de 2022

Heartstopper

 A celebração do amor em cores

Ana Clara Ribeiro Lopes

Inspirado nos quadrinhos escritos por Alice Oseman, o romance adolescente com temática LGBTQIA+, Heartstopper, chegou ao streaming da plataforma “Netflix” no final de abril de 2022. Dirigida por Euros Lyn e roteirizada pela própria Alice, a adaptação é repleta de representatividade e veio para deixar, especialmente para o público jovem, uma onda de positividade e de celebração do amor.

A história se desenvolve ao redor do personagem Charlie Spring (Joe Locke), um adolescente carismático, de 15 anos, que sofre bullying por se assumir gay e de Nick Nelson (Kit Connor) garoto um ano mais velho, e que possui certa popularidade por fazer parte do time de Rugby da escola. Ao voltar das férias, o caminho dos dois se cruza no primeiro dia de aula, ao sentarem um ao lado do outro. A partir disso, a amizade dos adolescentes cresce cada vez mais, com os episódios, até que os dois percebem que a conexão que possuem é, na verdade, algo apaixonante.

Somos convidados a acompanhar, ao longo de 8 episódios, os desafios da descoberta e da aceitação da sexualidade em um período tão conturbado da vida. Heartstopper fascina ao tratar dessas dificuldades da adolescência com leveza e simplicidade, sem se aprofundar em temas como o da homofobia ou transfobia, a adaptação lida com esses temas de maneira delicada e positiva. A escolha atenciosa dos atores jovens, que fazem jus aos personagens originais e os interpretam com maestria se soma à química existente entre eles para contemplar a série com veracidade e doçura. As animações gráficas presentes que remetem aos quadrinhos, encantam, além de permitem uma maior imersão e compreensão dos sentimentos retratados.

Heartstopper, para além do tema da sexualidade, se demonstra acolhedora, valorizando e confirmando que apesar das dificuldades e dos desafios, é possível celebrar o amor e as diferenças sem o receio de ser feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário