Perlimps de 2022, obra audiovisual do direito brasileiro conhecido pelo seu projeto indicado ao Oscar, O menino e o mundo. No filme acompanhamos Claé e Bruô dois agentes secretos de reinos rivais com a mesma missão de rastrear os Perlimps para salvar o bosque encantado das garras gananciosas dos gigantes, uma rivalidade que vira amizade ao decorrer da missão Pelimps. Dirigido, roteirizado e editado por Alê Abreu, direcionado para o público infantil, mas recebemos uma mensagem que precisa ser codificada ao longo da história.
Com a fama passageira de O menino e o mundo ainda encontramos sua essência ainda preservada no projeto Perlimps. Os cenários lembram quadro pintado a mão, com marcas de pincel e falhas de giz de cera, dá para sentir a arte viva na linha de frente saltando em nossos olhos. O armamento dos gigantes lembra figuras monstruosas e animalescas fazendo referência a sua obra de maior sucesso.
Mas, diferente da estética minimalista de sua obra anterior, Perlimps segue o caminho oposto, uma obra com o uso nada discreto das cores dando um efeito psicodélico aos olhos do espectador. Status positivo, além de que enquanto o protagonista de O menino e o mundo é mudo, Claé e Bruô animais que se beneficiam com o dom da fala em suas conversas.
Nos é revelado que os Perlimps são seres de pura energia do reino do infinito onde a imaginação não tem limites, eles possuir a missão de se infiltrar e espiona o reino dos gigantes sem que suas máscaras se transforma sem seu novos rostos moldado pelo reino de tirania dos gigantes e não se esquecerem da missão de salvarem o bosque encantado um bem precioso para os nossos protagonistas.
Claé um lobo guará com cara de raposa do reino do sol, dando a visão de um lugar com tecnologia avançada e de vasto conhecimento, mas Cléa possui uma carência emocional devido a sua relação com seu pai o capitão dourado. Bruô um urso com cauda de leão do reino da lua, em confronto, vem de um reino que possui uma filosofia e espiritualidade própria, um povo com hábitos de migração porém unidos em seu “castelo com rodas”. Seu design pode representar um povo mestiço. Uma coisa que vale ressaltar é a identidade dos personagens, seu passado, sua natureza e seus objetivos não possui uma definição clara ao caminhar do filme.
Perlimps mostra ser uma metáfora de um rito de passagem da infância para a vida adulta. Cléa e Bruô, Perlimps em sua jornada de crescimento, precisam se infiltrar no reino dos adultos sem que sua essência se afogue como a rocha em forma de cabeça. Status positivo, Perlimps é um filme divertido, colorido de ritmo lento e contemplativo. Status negativo, o mistério e a falta de informações claras e confiáveis causa uma sensação de confusão, o que compromete a nossa missão como público consumidor.
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