terça-feira, 25 de novembro de 2025

“Titanic” (1997)


A triste, linda e mágica história do Titanic


Lucas Silva Sabino


No filme “Titanic” (1997), o diretor James Cameron conta a linda e trágica história de Jack Dawson, interpretado por Leonardo DiCaprio, e Rose DeWitt Bukater, interpretada por Kate Winslet. Todo o romance acontece no “navio dos sonhos”, como era conhecido o Titanic, um navio real que naufragou no Oceano Atlântico em 1912. O maior navio da época estava pronto para fazer sua viagem inaugural. Jack ganha uma passagem para a terceira classe com seu amigo Fabrizio, enquanto Rose já está prometida a um empreendedor nova-iorquino.

O romance começa quando Rose, cansada de uma vida de luxo e aparências, vai até o convés do navio e tenta se jogar, mas é salva por Jack. A partir daquele momento, seus olhares se entrelaçam e nasce o lindo romance dos dois, que acabam separados não por escolha, mas pela colisão do navio com um iceberg.

Titanic é, de longe, o filme mais nostálgico para mim. É pura nostalgia concentrada. Cada linha de diálogo, efeito sonoro e música está gravada na minha memória, lembrando as mais de cinquenta vezes em que assisti ao filme depois da primeira vez. Gosto de fazer um paralelo do filme com a música “Sad Beautiful Tragic”, da cantora americana Taylor Swift. Quando Swift canta sobre um amor “beautiful, magic” que, apesar de encantador, está destinado ao sofrimento, o paralelo com o filme torna-se evidente: Titanic constrói justamente essa dualidade entre a beleza do encontro e a tragédia do destino. O verso “What a sad beautiful tragic love affair” sintetiza, de forma quase cirúrgica, o que James Cameron apresenta em tela, um romance impossível que floresce entre classes sociais distintas e encontra seu fim não por falta de sentimento, mas por circunstâncias incontroláveis.

Tecnicamente, James Cameron dá uma aula de cinema: desde a construção de uma réplica em grande escala do famoso navio até as mais de trinta expedições aos destroços reais para captar imagens e estudar profundamente como a tragédia aconteceu. Esse estudo minucioso se torna perceptível na obra, cheia de detalhes e riqueza histórica. Tudo isso é enquadrado em uma fotografia de tirar o fôlego e acompanhado de uma trilha sonora arrepiantemente bela, composta por James Horner, além da icônica música “My Heart Will Go On”, interpretada por Celine Dion, que inicialmente havia recusado o convite para cantá-la. A canção marcou gerações e permanece viva até hoje.

O longa arrecadou mais de 2 bilhões de dólares nas bilheterias e foi contemplado com 11 Oscars, incluindo Best Picture. Ao final, Titanic permanece grandioso em todos os sentidos. Cameron captura a beleza e o horror em igual medida, provando que o espetáculo pode ser tão íntimo quanto épico. E, acima de tudo, que algumas histórias, por mais que o tempo passe, jamais afundam. 

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